Não faz muito tempo que o celular deixou de ser apenas um recurso para fazer ligações telefônicas e se tornou parte do cotidiano das pessoas, sendo um acessório atrativo e quase obrigatório para quase tudo na vida, seja para o trabalho, no lazer ou na rotina.
Essa realidade torna as pessoas cada vez mais dependentes do uso desses aparelhos, chegando ao ponto de causar dependência em muitas delas e com consequências negativas.
Mas que efeitos são esses e até onde as suas consequências podem afetar a vida de quem não consegue encontrar o limite entre a tela de um aparelho e a sua vida pessoal.
Acompanhe a leitura para entender um pouco mais sobre isso.
No início, checar mensagens, curtidas e notificações, parece algo normal e até mesmo prazeroso. Isso acontece porque o nosso corpo libera dopamina, um neurotransmissor ligado à sensação de prazer e bem-estar.
Como se trata de uma sensação que causa satisfação, nosso organismo quer sentir mais e acaba estimulando o nosso corpo a querer cada vez mais esse tipo de sentimento.
Porém, para que aquela sensação prazerosa inicial se repita com a mesma intensidade, são necessárias quantidades maiores de dopamina, que só são liberadas com estímulos cada vez maiores.
Mas é aí que mora o perigo!
O cérebro fica na expectativa de que aquela sensação de prazer inicial vai se repetir a qualquer instante. E é nesse momento que começa o ciclo do vício no uso do celular.
Esse mesmo estado de alerta – ou de espera – faz com que o corpo acabe liberando cortisol, uma substância responsável por gerar ansiedade e estresse.
A partir daí, a pessoa cria um estado de alerta contínuo, levando ao hábito de ficar constantemente fixada na tela do celular, checando se há novas mensagens ou notificações.
Muitas pessoas nem conseguem perceber que já estão viciadas. Por isso, é importante saber identificar quais os primeiros sinais de dependência do celular.
Os primeiros indícios podem ser identificados com alguns desses sinais:
Não consegue ficar longe do celular por muito tempo, precisando carregar ele para todos os lugares;
Necessidade de conferir as redes sociais a cada instante;
Dificuldade para realizar uma atividade por tempo prolongado, sem ficar parando para verificar o celular;
Desbloquear a tela o tempo todo, mesmo sem qualquer notificação.
Esses são alguns sintomas, que podem se manifestar de diferentes maneiras. Mas, além disso, há ainda algumas consequências.
A falta de foco e concentração é uma das mais recorrentes, gerando dificuldades para efetuar atividades escolares, no trabalho ou qualquer outra que exige uma carga de trabalho cognitivo maior.
Outras consequências incluem também:
Sedentarismo;
Problemas nas articulações;
Fadiga visual;
E outros.
Pode haver queda no rendimento e até mesmo prejuízos na qualidade do sono, provocados pela luz azul emitida pelas telas desses aparelhos, interferindo até mesmo no relógio biológico do organismo da pessoa.
Os celulares ainda são uma realidade muito recente na história da sociedade. Dessa forma, ainda não é possível determinar com precisão quais seriam os efeitos do uso desmedido no longo prazo e se eles seriam definitivos ou não.
Portanto, são necessários mais estudos com acompanhamento ao longo do tempo para uma definição mais precisa.
Enquanto isso, vale a pena seguir algumas dicas sobre como usar esses aparelhos com mais equilíbrio e evitar maiores problemas.
As dicas que separamos dizem respeito a criar regras e adotar uma nova rotina.
E-mails: reservar um horário do dia para ler e responder mensagens;
Redes Sociais: responder notificações em um determinado período do dia, evitando ficar checando-as o tempo todo;
WhatsApp: silenciar notificações de grupos – e até mesmo de algumas pessoas;
Aplicativos: desativar notificações na tela inicial do celular;
Celular: deixar em modo silencioso, desligar ou deixar em outro cômodo da casa, sempre que for se ocupar com alguma tarefa prolongada que exige atenção;
Hora de dormir: evitar o uso do aparelho uma hora antes de dormir.
Como nem todo mundo pode seguir essas dicas à risca, principalmente para quem precisa utilizar um desses aparelhos como ferramenta de trabalho – como os jornalistas, por exemplo -, a dica é dar pausas de alguns minutos, a cada hora, e focar apenas nos aplicativos necessários para realizar o trabalho, deixando outros de lado.
Mas, se mesmo assim, a pessoa não consegue se desapegar da tela à sua frente, chegando ao ponto de começar a atrapalhar a sua rotina pessoal e profissional, o ideal é sempre procurar a ajuda de um especialista para resolver esse problema definitivamente, ou pelo menos tentar controlá-lo.
É importante lembrar que os celulares funcionam como ferramentas modernas feitas para resolver problemas, mas que, simultaneamente, servem como recursos de entretenimento, passatempo e de interação.
Ainda assim, se desconectar ocasionalmente, nem que seja por alguns minutos todos os dias, ajuda a permanecer no “presente”, e manter uma vida mais saudável sem deixar de lado os acontecimentos no mundo virtual.
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